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Apesar do La Niña ocorrer do outro lado da América do Sul, o fenômeno, que atuará com 80% de sua intensidade até enfraquecer no final de março, tem reflexo na circulação de ventos e na pressão do ar registrada no Brasil.
As normais climatológicas para o período na capital baiana são de 82,5 mm de chuvas em janeiro, 107,2 mm em fevereiro e 156,8 mm para março totalizando 346,5 mm para o trimestre janeiro-março. Em 2020, choveu 412,6 mm ao longo do Verão, 19% acima da normal climatológica (346,5 mm).
As normais climatológicas são médias de parâmetros meteorológicos computadas em um período de 30 anos consecutivos, obedecendo a critérios recomendados pela Organização Mundial de Meteorologia (OMM). No caso de Salvador, este padrão é determinado por medições realizadas nos últimos 30 anos pelo pluviômetro de Ondina, então o único existente na cidade.
Ainda segundo o meteorologista da Codesal, outros sistemas poderão ocasionar maiores índices pluviométricos, a exemplo de frentes frias, Vórtices Ciclônicos de Altos Níveis/VCAN (área onde os ventos nos níveis mais altos da atmosfera giram no sentido horário, fazendo com que o ar seco desses níveis mais altos desçam para a superfície), Zona de Convergência do Atlântico Sul/ZCAS (sistema meteorológico do verão, responsável por um período prolongado de chuva frequente e volumosa) e cavados (região na atmosfera onde ocorre uma ondulação do fluxo de ventos no sentido horário no Hemisfério Sul e onde há também uma tendência à queda da pressão atmosférica).
Previsão do tempo – A previsão é que nesta terça-feira (21) e quarta-feira (22), o céu estará nublado com chuvas fracas, por vezes moderadas. Não se descarta a possibilidade de eventos significativos. Há risco para alagamentos e deslizamentos de terra.