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Semana Santa: Famílias enfrentam segundo ano sem mesa cheia e abraços em razão do coronavírus

O que a princípio chegou com a sensação de que seria por pouco tempo, a pandemia do coronavírus surpreendeu grande parte da população ao mostrar que demoraria mais que 15 dias ou seis meses, como foi especulado no início. Isso porque após pouco mais de um ano a realidade ainda é a mesma: restrições e recomendações de isolamento social.

Portanto, em 2021, as famílias terão que enfrentar pela segunda vez o feriado tradicional da Semana Santa sem reuniões e contato físico. O que para o jovem de 23 anos, Hebert Formiga, que está pelo menos a 480 km de distância da família, tem sido desafiador, já que nem no ano passado conseguiu festejar com os familiares, que moram em Irecê.

“A semana santa sempre foi um momento sagrado para reunirmos os parentes que moram em outras cidades, e desde o ano passado isso não acontece”, diz o auxiliar administrativo, que reside em Salvador há quase nove anos.

Hebert conta que era comum reunir todos os familiares em datas como a Semana Santa, São João e Natal, contudo este ano os parentes devem seguir o ritual do “novo normal”, como foi feito ano passado, e realizar uma oração na Sexta Santa através da chamada de vídeo. Segundo ele, é desta forma que a família consegue manter a tradição e amenizar a saudade.

Na família da historiadora Lenice Souza, de 50 anos, não é diferente. A tradição de se reunir presencialmente em datas como esta também foi interrompida desde a chegada do coronavírus em 2020. O que resta são as lembranças e esperança de logo poder festejar juntos novamente.

“Ao saber que vai ser mais um ano distante sem comemorar a paixão de cristo com toda a família, como já é habitual ao longo de nossa vida, é triste, essa é uma palavra que resume muito bem. A tristeza, que nos reporta a uma tristeza maior ao momento que estamos vivendo, que é a pandemia, é algo inevitável que ninguém tem culpa, mas nos causa muito sofrimento por toda a situação de ver tantas pessoas morrendo todos os dias, a proximidade da doença, o desequilíbrio da sociedade, da economia, o modo como impacta as pessoas. E o não estar com a família é só mais um aspecto desse momento triste”, desabafa.

Contudo, como uma seguidora do catolicismo, Lenice ressalta que não deixará de comemorar o feriado cristão da Semana Santa em pequenas proporções se comparado a festa que costuma fazer com sua família no litoral norte.

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