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Prefeituras auxiliam comércio e artistas para amenizar prejuízos provocados pelo cancelamento do São João

Perda é de R$ 30 milhões em Amargosa.

Ainda sentido com o cancelamento das festas de São João por causa da pandemia de coronavírus, os prefeitos das cidades com os festejos juninos mais tradicionais da Bahia buscam soluções para aquecer o comércio e garantir entretenimento para a população.

Em Amargosa, o prefeito Júlio Pinheiro (PT) lamenta um prejuízo de R$30 milhões e pretende fornecer cestas básicas a famílias carentes e auxílio alimentação. O prefeito de Senhor do Bonfim, Laércio Júnior (DEM), pretende desenvolver políticas municipais para amenizar as perdas econômicas de artistas e do comércio.  Em Cruz das Almas, o gestor Ednaldo Oliveira (Republicanos) vai promover lives com artistas locais.

“Se não fosse a pandemia estaríamos recebendo entre 30 a 40 mil turistas por dia neste período de São João. Diante deste cenário de perda em toda a cadeia da cidade, a prefeitura vem promovendo incentivos entre artistas e o comércio para atrair o consumidor. Assim, pelo menos amenizamos os prejuízos”, contou o gestor de Bonfim.

De acordo com Laércio Oliveira, pelo fato de o comércio de Senhor do Bonfim ser “bastante animado”, a prefeitura vem promovendo pequenas apresentações de artistas da cena junina local para atrair as pessoas a visitar e consumir na cidade.

Nesses espetáculos, ainda de acordo com o gestor municipal, o poder público fiscaliza o cumprimento de todos os protocolos de segurança sanitária. “É como aquelas apresentações artísticas que são comuns na feira [livre]. Então a gente promove, mas fiscaliza para garantir práticas como uso de máscaras e distanciamento social”, esclareceu.

Menos R$ 30 milhões

A possível diminuição no caixa da prefeitura com o cancelamento do São João deste ano não é o principal problema para a cidade de Amargosa, na avaliação do prefeito Júlio Pinheiro.

Segundo o gestor, que também lamentou as consequências da crise sanitária para o setor cultural, o maior problema será a drástica diminuição na circulação de renda na cidade. “Cerca de R$ 30 milhões deixam de entrar no município, é uma situação muito difícil”, disse.

Lives artísticas

Sem festas, nem alegria e tampouco renda. Em algumas cidades baianas haverá uma promoção de lives artísticas para, pelo menos, amenizar o fato de ter de passar mais um ano sem ter como dançar forró e beber licor na praça.

No município de Cruz das Almas, as transmissões ao vivo funcionarão como um apoio à classe artística local, informou o prefeito Ednaldo Oliveira (Republicanos).

Famosa por receber turistas animados para consumir no município durante o período junino, Cruz das Almas desenvolveu uma programação de lives com artistas oriundos da cidade do Recôncavo baiano.

“Com o cancelamento da festa, todos os setores do município sofrem com perda de receita. A classe artística de Cruz das Almas, que já vem sendo abalada desde o início da pandemia, será contemplada com uma agenda de lives que terão o apoio do município”, anunciou Ednaldo.

Além do auxílio aos músicos com a promoção de lives, o prefeito de Cruz das Almas ressaltou a entrega de cestas básicas a famílias cadastradas no CAD Único como outra forma de amenizar os prejuízos causados pelo cancelamento da folia junina.

Recursos da Bahia Tur

As lives juninas serão financiadas por recursos da Superintendência do Turismo do estado (Bahia Tur), afirmou o presidente da União dos Prefeitos da Bahia (UPB), Zé Cocá (PP).

Segundo ele, “esta é uma forma de reduzir os prejuízos entre artistas e profissionais da música. Além dos artistas, trabalhadores de diferentes setores também sofrem os impactos financeiros provocados pelo cancelamento da festa.”

 

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