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Marcellus Campêlo é um dos alvos da operação que investiga irregularidades na implantação de hospitais de campanha no estado.
A Polícia Federal prendeu, nesta quarta-feira (2), em Manaus, o secretário de Saúde do Amazonas, Marcellus Campêlo. Ao ser abordado no aeroporto, ele foi levado à sede da corporação.
O secretário Campêlo é um dos alvos da operação da PF que investiga irregularidades nos contratos para a implantação de hospitais de campanha voltados para o combate à Covid-19 no Amazonas.
Além dele, a polícia prendeu o empresário Nilton Costa Lins Junior, que chegou a atirar contra agentes da PF. Também foram detidos os empresário Sérgio José Silva Chalub, Rafael Garcia da Silveira, Frank Andrey Gomes de Abreu, Carlos Henrique Alecrim John.
Segundo informações do Portal G1, foram cumpridos mandados de busca na casa do governador Wilson Lima (PSC), na sede do governo do Amazonas, na Secretaria de Saúde e na casa de Campêlo.
Há, ainda, autorização da Justiça para a quebra dos sigilos bancário, fiscal e telefônico do governador e do secretário de Saúde.
A operação da PF desta quarta é parte da quarta fase da Operação Sangria, que investiga crimes como pertencimento a organização criminosa, fraude a licitação e desvio de recursos públicos.
Foram encontrados indícios de que funcionários da Secretaria de Saúde amazonense tenham beneficiado um grupo de empresários na contratação de parte do Complexo Hospitalar Nilton Lins para ser usado como hospital de campanha.
A PF também apontou que o hospital não atende às necessidades de assistência à população atingida pela pandemia. Além disso, o local põe pacientes e funcionários em risco de contaminação, ainda segundo a investigação.
Segundo a investigação, contratos assinados em janeiro de 2021 com o Governo do Amazonas para serviços de conservação e limpeza, lavanderia hospitalar e diagnóstico por imagem no hospital de campanha têm indícios de irregularidades no processo licitatório, prática de sobrepreço e não prestação de serviços contratados.
Os responsáveis pelas irregularidades poderão responder pelos crimes de fraude à licitação, peculato e pertencimento a organização criminosa. Se condenados, poderão cumprir pena de até 24 anos de reclusão.