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BioNTech e Pfizer disseram nesta quarta-feira (8) que estudos preliminares demonstram que três doses de sua vacina contra a Covid-19 neutralizam a variante ômicron. Segundo as empresas, o resultado obtido um mês após a terceira dose é comparável ao observado após duas doses contra a cepa original.
A Pfizer é a segunda vacina mais aplicada no Brasil, com 33,5% das doses administradas, segundo dados do Ministério da Saúde. Em primeiro lugar vem a de Oxford/AstraZeneca, com 37,5% das doses. Em terceiro vem a CoronaVac, com 27,4% das doses; por último está a vacina da Janssen/Johnson, que representa 1,6% das doses aplicadas.
No comunicado, os fabricantes explicaram que duas doses da vacina resultaram em anticorpos neutralizantes significativamente mais baixos, mas que uma terceira dose aumenta os anticorpos em 25 vezes.
Pfizer e BioNTech alertam que, mesmo com a queda dos anticorpos neutralizantes após duas doses, a vacina segue protegendo contra as formas graves da doença. Elas também informam que estão monitorando de perto a efetividade da vacina no mundo real contra a nova variante.
“Embora duas doses da vacina ainda possam oferecer proteção contra forma grave causada pela cepa ômicron, a partir desses dados preliminares está claro que a proteção é melhorada com uma terceira dose”, disse Albert Bourla, presidente e CEO da Pfizer.
As empresas continuarão a coletar mais dados de laboratório. Eles acrescentaram que, se necessário, podem entregar uma vacina adaptada para a nova variante em março de 2022.
Em novembro, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou inclusão da dose de reforço da Pfizer na bula. A dose de reforço é indicada para maiores de 18 anos e deve ser aplicada seis meses depois do esquema vacinal completo (duas doses).
Também em novembro, o Ministério da Saúde liberou a dose de reforço para todas as pessoas maiores de 18 anos.