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Pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) estão desenvolvendo uma vacina capaz de combater simultaneamente o vírus da gripe e a Covid-19. De acordo com o professor Ricardo Gazinelli, um dos responsáveis pelo estudo, o s testes ainda estão na fase pré-clínica, com a realização de testes em camundongos. A expectativa é que os ensaios em humanos comecem a partir do segundo semestre do próximo ano.
De acordo com reportagem do site O Tempo, Gazinelli disse ainda que não haverá necessidade de aplicação de doses de reforço do imunizante, o que representa uma economia no processo de produção do composto. Uma única aplicação irá prevenir ambas as doenças.
“A vacina da influenza é dada anualmente. Se ela puder ser produzida e aplicada em uma mesma vacina com outro composto é uma grande economia, não só na produção, mas em todo o processo de distribuição. Um único imunizante será usada em dois programas de imunização”, afirmou ele.
Atualmente, o laboratório americano da Moderna anunciou que também está desenvolvendo uma vacina única que combina uma dose de reforço contra Covid-19 com sua vacina experimental contra a gripe.
O estudo da UFMG está sendo realizado em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), com a Universidade de São Paulo (USP), e tem apoio para esta fase do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTIC), da Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (Fapemig) e da Fundação de Amparo à Pesquisa de São Paulo (Fapesp).
Para as próximas etapas, no entanto, que incluem, a produção de Ifas, testes de segurança e ensaios em humanos, ainda não há recursos garantidos.
Ao todo, a UFMG desenvolve sete pesquisas relacionadas à vacinas contra a Covid-19. A mais avançada é a SpinTec, que aguarda liberação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para iniciar os testes em humanos.
O imunizante deve custar cinco vezes menos que as atuais vacinas disponíveis no país e poderá ser utilizado como terceira dose. Atualmente, o preço médio dos imunizantes comprados pelo governo federal custam, em média, R$ 60. A vacina mineira, por sua vez, deve custar R$ 12 e se tiver o uso liberado no país deverá ser produzida pela Fundação Ezequiel Dias (Funed).