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Funcionários da Caixa paralisam atendimento, mas pagamento do auxílio não será afetado

Funcionários da Caixa Econômica Federal realizam nesta terça-feira (27) uma paralisação de 24 horas, com direito a protesto contra ações do Governo Federal na gestão do banco estatal, em todo o Brasil. O ato foi deliberado em plenária virtual na noite desta segunda-feira (26).

Na Bahia, Salvador, Feira de Santana, Vitória da Conquista, Irecê, Jacobina, Juazeiro, Teixeira de Freitas, Jequié, Itabuna, Ilhéus, Camaçari e Alagoinhas foram afetados. Na capital, funcionários espalharam faixas nas agências localizadas no bairro das Mercês e fizeram discursos para a população, explicando as motivações do ato.

As agências deverão retomar as atividades ainda hoje. Em entrevista o presidente do Sindicato dos Bancários, Augusto Vasconcelos, declarou que a greve não causará nenhum impacto aos pagamentos do auxilio emergencial ou demais benefícios do governo.

Segundo ele, o ato de cunho nacional, apelidado de um Dia de Luta, ocorre em protesto ao IPO da Caixa Seguridade, por mais contratações, pagamento correto da PLR Social, acordo sobre teletrabalho e vacinação da categoria.

“Nós estamos reivindicando que a Caixa suspenda a venda da subsidiária do banco, a Caixa Seguridade. A abertura de capital vai acontecer no próximo dia 29. Nós entendemos que isso é a porta de entrada para a privatização do banco e não concordamos com isso porque a Caixa é uma das empresas mais importantes para o nosso país, fundamental para o desenvolvimento nacional, responsável pelo pagamento dos benefícios sociais”, iniciou.

“Além disso, um outro ponto abordado é a contratação de mais empregados aprovados no concurso de 2014. O banco reduziu mais de 20 mil postos de trabalho nos últimos anos, mas não repôs esses postos e essas contratações são fundamentais para a melhoria das condições de trabalho e dos atendimentos a população”, continuou.

“Um terceiro ponto da nossa pauta é a vacinação. Fizemos uma pesquisa entre os bancários detectamos que 28,1% já contraíram Covid. Muitos, inclusive, vieram a óbito. Os funcionários, bancários, vigilantes, atendentes e todos os demais estão expostos. As agências não fecharam desde o início da pandemia. São locais de fácil contagio, são locais fechados onde há aglomerações, circulação de dinheiro, com portas giratórias e caixas eletrônicos, que são de facilitadores de um contágio. Infelizmente, o Ministério da Saúde não nos incluiu no grupo de prioridade da campanha de vacinação e buscamos reaver essa situação”, explicou Vasconcelos.

A defesa da PLR Social, que é a participação de lucros e resultados, e a definição de um acordo de trabalho específico para o regime de teletrabalho também serão reivindicadas. “Mais de 30% dos bancários estão trabalhando de casa sem nenhuma proteção jurídica e nós queremos normatizar isso”, concluiu.

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