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Uma bonita manifestação pelas ruas da histórica Santo Amaro da Purificação marcou, no ultimo domingo (16), o encerramento das comemorações dos 132 anos do Bembé do Mercado. O ponto alto foi a saída do presente principal do Ilê Axé Ojú Onirê, para a Praia de Itapema.
A Associação Beneficente Bembé do Mercado, organização de direito privado que tem por objetivos, preservar os ritos e preceitos culturais e religiosos realizados desde 1889, no largo do Mercado de Santo Amaro, é uma cerimonia religiosa de candomblé, que envolve as diversas matrizes da religião africana. Em termos de salvaguarda, o Bembé do Mercado de Santo Amaro da Purificação, foi registrado como Patrimônio Imaterial, Municipal(2013), Estadual (2012) e Nacional (2019).
A Associação congrega aproximadamente 65 terreiros de candomblé do Município de Santo Amaro, com a finalidade executar a organização da festa e sua salvaguarda, de forma a promover a solidariedade entre os terreiros do município de Santo Amaro e região do Recôncavo. Encontra-se no âmbito dos seus princípios e práticas, o de promover a solidariedade entre os terreiros do município de Santo Amaro e do Brasil.
Devido a Pandemia do Covid-19 em 2020, e repetindo em 2021, as comemorações serão realizadas novamente com os rituais restritos, sem festividades, foguetes e toques de atabaques. Mesmo de forma restrita, a simbologia de armar o Ilê Barracão,é gesto de afirmação de força e resistência em memoria ancestral ao João de Obá e de todos os sacerdotes e sacerdotisas que realizaram.
O Presidente da Associação Bembé do Mercado, o Babalorixá, José Raimundo Lima Chaves (Pai Pote), que teve a iniciativa de pleitear o reconhecimento da festa como Patrimônio Municipal, Estadual e Nacional, e que também em protocolou na sede da UNESCO em Paris, a solicitação como Patrimônio da Humanidade.
Pai Pote destaca que diante das recomendações da Prefeitura Municipal de Santo Amaro, Governo do Estado da Bahia e do Ministério da Saúde, frente á prevenção do contagio da pandemia do Coronavirus (COVID-19), que junto com os Babalorixás, Yalorixás, Egbomes, Ogans, Equedes e Abiãs, vem mobilizando, a comunidade religiosa sobre a necessidade de união, e obediência aos procedimentos de higiene e saúde (máscaras, alcool gel e distanciamento), fundamentais para o combate desta pandemia.