No ano de 2018 durante a campanha presidencial, em Juiz de Fora (MG), O atual presidente Jair Bolsonaro recebeu, em junho de 2019, reembolso de R$ 435.347,23 da Câmara dos Deputados. O valor é referente a gastos com saúde, de acordo com reportagem de Raquel Lopes, na Folha de S.Paulo.
A Câmara se nega a informar o período em que foi feita a despesa de Bolsonaro. Disse, somente, que é relativa ao período que ele era deputado federal.
A alegação é que “se trata de informações pessoais relativas à intimidade, vida privada, honra e imagem, com inviabilidade jurídica de atendimento do pedido”.
Por solicitação da Folha, o deputado federal Elias Vaz (PSB-GO) encaminhou requerimento à segunda vice-presidência da Mesa Diretora da Câmara, responsável por examinar os pedidos de ressarcimento de despesa médica dos deputados.
Vaz quis saber, apenas, o ano e o local em que o procedimento havia ocorrido para não invadir a intimidade. A resposta foi de que o documento era sigiloso.
Alguns dias depois da facada, a equipe de Bolsonaro afirmou que estava conversando com a Câmara para recorrer ao reembolso a que os congressistas têm direito, após usarem a rede privada de saúde.
Os gastos
Exemplos de modalidades de gastos com dinheiro público: consultas, internações e exames em hospitais particulares de ponta, UTI aérea e honorários de médicos.
A deputada Tereza Nelma (PSDB-AL), com R$ 1,9 milhão, está entre os que mais gastaram entre 2019 e 2020. A parlamentar informou que desde 2019 trata o quinto câncer no Hospital Sírio-Libanês.
Outros deputados que mais gastaram altas quantias com saúde: Nilson Pinto (PSDB-PA), reembolsou nos dois últimos anos de R$ 608.412. Para acrescentar a quantia que recebeu em 2021, o valor vai para R$ 735.412. Haroldo Cathedral (PSD-RR): recebeu R$ 548.070; Danilo Cabral (PSB-PE): teve de reembolso R$ 252.360.