Vale lembrar que a máscara serve como uma barreira às partículas que são despejadas por pessoas contaminadas ao falar, tossir ou espirrar e que ficam suspensas no ar por algum tempo, especialmente em ambiente fechados e sem ventilação. Também evita que as pessoas toquem a boca e o nariz com mãos que podem estar contaminadas.
O presidente voltou a criticar medidas de restrição social impostas por governadores estaduais. Bolsonaro também diz que o critério adotado pela Saúde poderia “levar à prática não recomendável de uma super notificação de casos de Covid-19, para que governadores ganhassem mais recursos do governo federal”, creditando a análise a um suposto estudo do Tribunal de Contas da União (TCU) que já teria em mãos.
O presidente disse que caso esse estudo se confirmar sobre a super notificação, “o Brasil será um dos países com o menor número de mortes por milhão de habitantes por Covid-19”. Novamente, voltou a defender o tratamento precoce da doença por meio de hidroxicloroquina e ivermectina. “Por que isso aconteceu? Tratamento precoce.”
Os medicamentos são divulgados como potencialmente benéficos no combate à infecção pelo novo coronavírus pelo presidente, mas ainda não existem estudos conclusivos sobre o uso desses fármacos para o tratamento da doença. A Agência Nacional de Vigilância sanitária já verificou efeitos adversos na população brasileira, e desde o último ano proíbe a venda sem receita de hidroxicloquina e ivermectina, para impedir a compra indiscriminada.
O vice-presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), Donizette Giamberardino Filho, afirmou em abril que “o Conselho Federal de Medicina não recomenda e não aprova tratamento precoce e não aprova também nenhum tratamento do tipo protocolos populacionais [contra a Covid-19]”.
Bolsonaro também associou o isolamento a problemas econômicos e de segurança. “A quarentena é para quem está infectado, não é para todo mundo. Porque isso destrói empregos, mata de outra forma o cidadão. Mata de fome, de depressão, aumenta a violência em casa, aumenta o abuso contra a criança.”
A medida foi anunciada durante coletiva nesta quinta-feira (10) no Palácio do Planalto. Bolsonaro discursava com Gilson Machado, ministro do Turismo, sobre atração de investimentos, modernização da sinalização turística e desburocratização.