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Bolsonaro assina suspensão do Profut durante pandemia

Presidente havia vetado benefício aos clubes em janeiro, mas, após duas votações, Congresso Nacional conseguiu recolocar o artigo na Lei.

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) promulgou na última quinta-feira (29), a suspensão do pagamento das parcelas do Programa de Modernização da Gestão e de Responsabilidade Fiscal do Futebol Brasileiro (Profut) durante o período de calamidade pública causado pela pandemia de Covid-19.

O artigo foi incluído na Lei 14.117, que entrou em vigor em janeiro. Na ocasião, o presidente havia vetado o benefício aos clubes a pedido dos Ministérios da Economia e Cidadania. Mas no último dia 19 de abril, em votação na Câmara e no Senado, o Congresso Nacional conseguiu derrubar o veto do presidente.

Clubes e entidades que não conseguirem pagar as parcelas de 2021 seguem passivos de sofrerem punições previstas na Lei do Profut, como a própria exclusão do programa.

O benefício afeta, portanto, apenas os clubes que não conseguiram arcar com a dívida durante o ano de 2020. Agora, eles terão margem para discutir esses pagamentos pendentes com o Governo, ficando livres de eventuais punições, como a própria exclusão do Profut.

Instituído em 2015, o Profut permitiu o refinanciamento e parcelamento de dívidas fiscais por até 20 anos, com direito a descontos sobre juros, multas e encargos.

Pelo programa, clubes e entidades esportivas parcelaram um montante superior a R$ 3,5 bilhões de dívidas com governo e obtiveram mais de R$ 510 milhões de “perdão fiscal”. Em contrapartida, teriam de cumprir uma série de exigências, como criar um programa de austeridade fiscal e transparência.

As entidades que não cumprirem a regra ficam sujeitos a processo administrativo ou judicial.
Além do congelamento do Profut, Bolsonaro também promulgou o artigo que permite aos clubes não recolher o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), assim como as contribuições previdenciárias, durante a vigência do estado de calamidade pública e até 180 dias após ela – ou seja, junho de 2021.

A mudança alivia um temor dos clubes mais endividados, já que a Lei Pelé permite que os atletas que não tenham FGTS e contribuições previdenciárias recollhidas durante três meses possam rescindir seus contratos de trabalho de forma unilateral.

Com a lei, essa rescisão de contrato unilateral passa a ser possível apenas para casos de atraso de salário ou direitos de imagem por três meses ou mais.

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