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Leitos para tratamento da Covid-19 começam a ser desativados em Salvador

Capital já desmobilizou 171 leitos, entre unidades clínicas e de terapia intensiva.

Salvador registou nesta quinta-feira (15), a taxa de 50% da ocupação geral dos leitos de UTI para tratamento da Covid-19, sendo 51% de ocupação para adultos. Com a queda na taxa de internação por conta da doença, a prefeitura da capital vem desativando as unidades clínicas e de terapia intensiva.

Desde o mês de junho, foram desmobilizados 171 leitos. No auge da segunda onda da Covid, entre o final de 2020 e o começo de 2021, a capital baiana tinha 266 leitos de UTI em funcionamento, além de 331 leitos clínicos. Agora, são 206 leitos de UTI e 220 leitos clínicos.

De acordo com o secretário municipal da Saúde, Leo Prates, a medida de desmobilização dos leitos foi tomada por causa dos custos de manutenção das unidades.

“A desmobilização dos leitos advém de dois fatores. O primeiro fator é a baixa dos números. Nós chegamos a essa semana a 49% de ocupação de leitos de UTI. Então, lembrando que um hospital de campanha desse é algo bastante caro, complexo, leva dinheiro público e não está tendo demanda. A maioria dos hospitais que nós temos, nesse momento, está vazio”, disse em entrevista à TV Bahia.

“O segundo motivo é a ausência de financiamento federal. Para se ter uma ideia, no ano passado, o governo federal nos ajudou, em seis meses passou mais de R$ 50 milhões e esse ano foram R$ 38 milhões”, completou.

Essa não é a primeira vez que a capital baiana desativa leitos de Covid-19. Em setembro de 2020, as unidades também foram desmobilizadas pelo mesmo motivo, a queda na taxa de ocupação.

Ainda, segundo o secretário, apesar da desativação dos leitos, as unidades podem ser remobilizadas caso haja necessidade.

“Nós temos, por exemplo, no Hospital Salvador e na maioria dos hospitais, três fases. A gente está desativando as fases. Em alguns, como por exemplo o de Itapuã, a gente está desativando o hospital, mas a estrutura fica lá montada. Se for necessário, nós temos uma expertise para remobilizar esses hospitais. Mas a gente espera que não seja necessário “, finalizou.

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