179064739
Preencha os campos abaixo para submeter seu pedido de música:
A inflação registrada no mês de junho, em Salvador, foi a segunda maior do país. Os dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), calculado pelo IBGE, são de que os preços aumentaram 1,14% na Região Metropolitana durante o mês. A alta da gasolina e o aumento na conta de luz foram os principais vilões.
Esse foi o maior índice para um mês de junho desde que ele começou a ser medido, em 2000, além de bem maior do que o verificado em maio, de 0,37%. A taxa de Salvador ficou menor apenas da registrada na Região Metropolitana de Porto Alegre (1,18%).
O IPCA-15 funciona como uma prévia da inflação oficial do mês, refletindo os preços coletados entre 14 de maio e 14 de junho. No Brasil como um todo, o índice de junho ficou em 0,83%, com altas em todas as 11 áreas pesquisadas separadamente.
Considerando todo o primeiro semestre de 2021, o IPCA-15 da RMS está em 4,08%, a maior prévia da inflação para um primeiro semestre na Região Metropolitana em cinco anos, desde junho de 2016, quando o índice havia ficado em 5,21%. Já nos 12 meses encerrados em junho, o índice acumula alta de 7,66% na Bahia, o 4º mais baixo entre as áreas pesquisadas separadamente.
VILÕES
Segundo o IPGE, o índice foi resultado de aumentos nos preços médios de oito dos nove grupos de produtos e serviços que formam o índice. Destes, o aumento do preço na gasolina e na conta de luz foram os que mais influenciaram no encarecimento dos produtos.
O grupo transporte cresceu 3,33%, exercendo a principal pressão inflacionária na prévia do mês. A alta dos combustíveis foi de 8,35% e da gasolina, separadamente, o aumento foi de 8,29%. Em 12 meses, a alta da gasolina chega a 53,09%. O etanol ficou 12,1% mais caro.
Já no grupo habitação, que subiu 2,11%, os gastos foram puxados fortemente pelo aumento da energia elétrica (5,91%), que teve a segunda alta seguida e também a segunda maior contribuição individual para a aceleração do custo de vida em Salvador. O aumento da energia elétrica se deu, sobretudo, devido à mudança na bandeira tarifária, de vermelha patamar 1 (R$ 4,169 a mais para cada 100 kWh consumidos) para vermelha patamar 2 (R$ 6,243 a mais).
ALIMENTOS
Os alimentos também ficaram mais caros, porém menos que o mês anterior. O grupo havia aumentado 0,61% em maio e agora cresceu 0,58%. Ainda assim ficaram com a terceira maior contribuição no índice do mês.
Alguns produtos chegaram a ter importantes deflações, caso da cebola (-10,99%), da batata-inglesa (-9,77%) e do arroz (-2,74%). Por outro lado, as altas das carnes em geral (1,47%) e das aves e ovos (3,31%), entre outras, seguiram pressionando o custo de vida para cima.
Na primeira quinzena de junho, apenas o grupo saúde e cuidados pessoais (-0,13%) teve deflação, puxado por reduções em medicamentos como aqueles contra pressão e colesterol altos (-2,34%) e analgésicos e antitérmicos (-2,71%).