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Nessa sexta-feira ela fez um post em seu instagram que mostra o abuso de poder vivenciado em Salvador.
Em vídeo mostra que a força vem sido excessiva em pessoa de baixo escalão na sociedade.
O Estado precisa parar de oprimir grupos desprivilegiados
O Estado tem o uso legítimo da força, mas não pode abusar dela. Precisa agir no estrito cumprimento da lei. No entanto, no Brasil, a violência estatal através de suas forças policiais é histórica e geralmente direcionada a grupos minoritários politicamente, sobretudo negros e pobres. Esta semana, mostramos ao vivo, no Bahia Meio Dia, um protesto que fechava uma importante via de Salvador. A PM foi ao local desobstruir a via, já que o protesto, embora direito do cidadão, impedia o direito de ir e vir de outros cidadãos. Porém, durante a transmissão ao vivo, o clima esquentou e a situação fugiu do controle. Agentes do Estado se excederam em suas ações, desobedecendo a lei penal (Violência arbitrária: Art. 322 – Praticar violência, no exercício de função ou a pretexto de exercê-la) e a recente lei de abuso de autoridade (Art. 13. Constranger o preso ou o detento, mediante violência, grave ameaça ou redução de sua capacidade de resistência, a:
II – submeter-se a situação vexatória ou a constrangimento não autorizado em lei;).
Isso tudo, repito, aconteceu ao vivo com nossa equipe de reportagem no local, identificada, e filmando tudo. Compreendo que a situação é complexa e que há seres humanos por debaixo das fardas, com seus medos e limitações, mas precisamos cobrar que nossos homens sejam melhor treinados e preparados para se manter em equilíbrio em situações de tensão para evitar exceder no uso da força. Obviamente, não sou contra a polícia – nenhum Estado vive sem ela. Sou a favor de uma polícia preparada que seja a primeira a respeitar a lei. O excesso de força do Estado, infelizmente, é rotina no Brasil. Não estou aqui para apontar o dedo aos indivíduos, embora eles também tenham responsabilidade sobre suas ações. Mas, acima de tudo, precisamos enxergar a violência policial não como violência de policiais (indivíduos), mas como violência do Estado. A violência policial no Brasil, direcionada a grupos subalternizados, é política de Estado. Aos policiais militares baianos, agradeço que arrisquem a vida pela sociedade. Cobrar que a polícia seja melhor e mais preparada é defender a corporação e seus homens. E é defender a lei e a sociedade – disse a Repórter.