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A média de novas mortes por Covid-19 no Brasil nos últimos 7 dias ficou abaixo de 2 mil pelo 7º dia seguido. Isso significa que a pandemia avança de forma mais lenta. Mesmo assim, o cenário pode se complicar.
Pelo menos, é o que garante uma projeção feita pela Universidade de Washington, nos Estados Unidos. De acordo com o estudo, o país pode enfrentar uma 3ª onda de infecções pelo coronavírus.
Os dados do Instituto de Métricas de Saúde e Avaliação da universidade norte-americana são usados pela Casa Branca e pela Opas (Organização Pan-Americana de Saúde), braço da OMS (Organização Mundial da Saúde) ao avaliarem as ações a serem tomadas no combate à covid.
Segundo as projeções para o Brasil, o país pode ultrapassar a marca de 750 mil mortes em 27 de junho. O Ministério da Saúde confirmou nessa segunda-feira (17) mais 786 mortes por Covid-19 no Brasil, elevando o total de vítimas para 436.537.
No que a universidade classifica como melhor cenário, quando ao menos 95% dos cidadãos usam máscara de proteção, a marca das 750 mil mortes seria atingida em 7 de julho. No pior cenário, em 23 de junho.
A universidade entende por pior cenário uma realidade na qual a variante P.1., oriunda de Manaus, continua se espalhando, as pessoas vacinadas abandonam o uso de máscara antes que a maioria da população esteja completamente imunizada e a mobilidade dos não-vacinados aumente.
O Brasil aplicou a 1ª dose de vacinas contra a covid em 39.279.177 pessoas até as 22h desta última segunda-feira. Dessas, 19.428.121 receberam a 2ª dose.
O número de vacinados com ao menos uma dose equivale a 18,4% da população, segundo a projeção para 2021 de habitantes do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Os que receberam as duas doses são 9,1%.
Caso o pior cenário projetado pelos cientistas se confirme, o Brasil voltará a ter mais de 3.000 mortes diárias por covid-19 em 31 de maio. A última vez que isso ocorreu foi em 4 de maio.