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Uma vacina inédita contra o HIV apresentou resultados promissores nos testes clínicos de fase 1. O imunizante é desenvolvido por meio de uma parceria entre a Iavi (Iniciativa Internacional pela Vacina da Aids) e o Scripps Research Institute, nos Estados Unidos.
O imunizante foi capaz de estimular a produção de anticorpos amplamente neutralizantes, os chamados BNAbs.
“A vacina teve sucesso em estimular a produção de células raras, necessárias para iniciar o processo de geração de anticorpos contra o vírus, que tem mutação rápida; a resposta foi detectada em 97% dos participantes que receberam o imunizante”, lê-se em comunicado da Iavi, divulgado em fevereiro.
Segundo a iniciativa, participaram do estudo 48 adultos saudáveis. A vacina ainda precisa passar pelas fases 2 e 3 de testes, que envolvem um número maior de participantes.
A produção dos BNAbs, no caso da vacina desenvolvida pelo Iavi e o Scripps Research Institute, é feita por meio da ativação com precisão dos linfócitos B, células que estão por trás da secreção dos anticorpos neutralizantes.
A estratégia adotada é chamada de “direcionamento de linha germinativa”. Consiste em direcionar a produção de células B virgens com propriedades específicas.
Essas células são capazes de atacar diferentes variações do HIV, algo importante, uma vez que o agente infeccioso responsável pela Aids sofre diversas mutações.
“Com nossos muitos colaboradores na equipe de estudo, mostramos que as vacinas podem ser projetadas para estimular células imunes raras com propriedades específicas, e essa estimulação direcionada pode ser muito eficiente em humanos”, diz William Schief, professor e imunologista do Scripps Research e diretor executivo do Centro de Anticorpos Neutralizantes da Iavi.
“Acreditamos que esta abordagem será a chave para fazer uma vacina contra o HIV e possivelmente importante para desenvolver imunizantes contra outros patógenos.”
A Iavi e o instituto disseram que estão fechando uma parceria com a empresa de biotecnologia Moderna para a produção de outra vacina, dessa vez baseada em mRNA. A ideia é aproveitar a abordagem já desenvolvida para produzir as mesmas células imunológicas.
“O uso da tecnologia de mRNA pode acelerar significativamente o ritmo de desenvolvimento da vacina contra o HIV”, afirma o Iavi.
A Moderna usou a tecnologia do RNA mensageiro em sua vacina contra a covid-19 –assim como a Pfizer.