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LG Electronics anuncia que vai deixar negócio de smartphones

Divisão é considerada deficitária. Medida pode afetar fábrica em Taubaté, onde cerca de mil pessoas trabalham.

A LG Electronics encerrará sua divisão móvel deficitária após não conseguir encontrar um comprador, uma medida que deve torná-la a primeira grande marca de smartphone a se retirar completamente do mercado.

Sua decisão de retirar-se deixará sua participação de 10% na América do Norte, onde é a marca número 3, ser engolida pela Samsung Electronics e Apple.

“Nos Estados Unidos, a LG tem como alvo modelos de preço médio – senão ultrabaixo – e isso significa que a Samsung, que tem mais linhas de produtos de preço médio do que a Apple, será mais capaz de atrair usuários LG”, avaliou Ko Eui-young, analista da Hi Investment & Securities.

A medida pode afetar a fábrica de Taubaté, que conta com cerca de mil empregados. Desse contingente, 400 mil trabalham na produção de celulares, segundo o Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté e Região. A empresa ainda não se manifestou sobre o possível impacto. No início do ano, a montadora Ford também anunciou o fim da produção em suas fábricas no Brasil, causando demissões de 5 mil funcionários nas três fábricas da empresa no Brasil, sendo uma delas em Taubaté.

A divisão de smartphones da LG registrou quase seis anos de prejuízo, totalizando cerca de 4,5 bilhões de dólares. O abandono do setor altamente competitivo permitirá que a LG se concentre em áreas de crescimento, como componentes de veículos elétricos, dispositivos conectados e casas inteligentes, disse a empresa em um comunicado.

Em tempos melhores, a LG chegou cedo ao mercado com uma série de inovações em telefones celulares, incluindo câmeras ultra grande angular. Em seu pico em 2013, foi o terceiro maior fabricante de smartphones do mundo, atrás apenas da Samsung e da Apple.

Mais tarde, porém, seus modelos principais sofreram com problemas de software e hardware, que diminuíram o apetite pelos seus aparelhos. Analistas também criticaram a empresa por falta de experiência em marketing em comparação com as rivais chinesas.

Embora outras marcas de celulares bem conhecidas, como Nokia, HTC e Blackberry também tenham caído de alturas elevadas, elas ainda não desapareceram completamente.

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